Laércio Pegoretti, ou como era conhecido, o Senhor Laércio, era um homem de bem com a vida, brincalhão, alegre e que levava sorrisos por onde passava. Quem convivia com ele logo percebia o quanto gostava de pessoas.

1982 – O Sr. Laércio era um homem de bem com a vida, alegre e brincalhão

Ele não tinha ambição de se tornar um grande empreendedor. Nunca perguntava quanto as lojas tinham vendido ou se no fim do mês havia lucro ou prejuízo. “O mais importante são as pessoas, não os óculos”, dizia sempre.

Para ele, primordial mesmo era o atendimento. O cliente deveria sentir-se acolhido e os óculos sempre bem feitos. O grau deveria estar perfeito e os óculos sempre bem montados. Exigências que até hoje são mantidas na Óptica Laércio.

Sr. Laércio

1932

Laércio nasceu em Sorocaba em 23 de dezembro de 1932. Caçula de sete irmãos, logo cedo na infância começou a trabalhar ajudando Paulo, um irmão mais velho que era sócio de uma pequena rede de ópticas da cidade.

Sr. Laércio

1953

Ainda muito jovem aprendeu a arte de fabricar lentes de cristal. Em 1953, o irmão Paulo e os sócios abriram uma filial da óptica em Itapetininga e colocaram Laércio para tomar conta da loja. A óptica ficava no número 402 da Rua Monsenhor Soares e se chamava Óptica Mascote.

Eram outros tempos em Itapetininga. Como a rede elétrica era ligada apenas durante a noite, o Sr. Laércio atendia clientes de manhã e à tarde. Após o anoitecer, enquanto a cidade aproveitava o descanso do lar ou as conversas nas belas praças, o Sr. Laércio dedicava horas de sua juventude no laboratório fabricando lentes e montando óculos.

Sr. Laércio com a esposa Dirce

1954

Em 1954, o Sr. Laércio conquistou o Certificado de Óptico Prático e se tornou sócio da óptica. Devido a sua simpatia e boa companhia, fez rapidamente muitas amizades em Itapetininga. Entre a população, o nome Óptica Mascote começou a dar lugar a Óptica do Laércio.

Passaram-se anos e as coisas iam bem no comércio, porém o Sr. Laércio não estava satisfeito com sua situação. Seus sócios sorocabanos não estavam preocupados com a satisfação do cliente. O que importava para eles era, principalmente, a contenção das despesas e o lucro no final do mês.

1963

Foi então que, em 1963, um fato inesperado mudou a vida do Sr. Laércio. Ele ganhou uma casa num sorteio chamado “Cestas de Natal Amaral”. Naquela época, morava de aluguel nos fundos da loja da Rua Monsenhor Soares. Com o dinheiro do sorteio, finalmente poderia comprar uma pequena casa, porém em uma decisão empreendedora decidiu investir tudo na loja, comprando a parte dos sócios sorocabanos, se tornando, a partir daquele momento, o único proprietário da óptica de Itapetininga.

Campanha da Cesta de Natal Amara veiculada em dezembro de 1956. O Sr. Laércio ganhou uma casa na edição de 1963.

Demorou quase dez anos, mas enfim o Sr. Laércio conseguiu realizar seu sonho e colocar em prática suas próprias ideias, que se mostraram bem-sucedidas.

1974 – Adriana, a filha do Sr. Laércio, brincando na loja da Rua Monsenhor Soares

1969 – Sr. Laércio na óptica da Rua Monsenhor Soares

1975

Em 1975, a loja e o laboratório se mudaram para o número 640 da Rua Quintino Bocaiuva, onde funcionam até hoje.

1995 – Fachada da loja da rua Quintino Bocaiúva no meio de uma das inúmeras reformas.

Nesta foto aparece Wally, o Cocker Spaniel que era o xodó do Sr. Laércio.

1980 – Loja da rua Quintino Bocaiúva

1983 – O Sr. Laércio e a filha Adriana com alguns colaboradores na Loja da Rua Quintino Bocaiuva. O último a direita é o Francisco Martinho Ayres, conhecido como Chico.

O Chico é uma pedra fundamental da história da Óptica Laércio.

O Chico montou com profissionalismo impecável mais de cem mil óculos em quase quatro décadas de trabalho.

1979 – O Sr. Laércio com a filha Adriana

1993 – O Sr. Laércio com a filha Adriana na Feira Óptica de São Paulo

1996

A óptica da Rua Virgílio de Rezende foi inaugurada em 1996, inicialmente com o nome de Óptica Futura.

1998 – Loja da rua Virgílio de Rezende

1998 – Loja da rua Virgílio de Rezende no Dia das Crianças

1998

Em 1998, foi inaugurada a loja da Rua Campos Salles, nº 475. Até novembro de 2004, funcionou neste endereço.

1998 – Inauguração da loja da rua Campos Salles, 475

2002 – Loja da rua Campos Sales, 475. Neste lugar agora existe a loja Magazine Luiza.

2002 – Loja da rua Campos Sales, 475. O Sr. Laércio atendendo um casal de clientes.

2002 – Adriano na loja da rua Campos Sales, 475

2002 – Angela na loja da rua Campos Sales, 475

2002

2002 – Fachada da loja da rua Quintino Bocaiúva

2002 – O Sr. Laércio na loja da rua Quintino Bocaiúva

2002 – Adriana e Luca na loja da rua Quintino Bocaiúva

2004

2004 – A loja da Rua Campos Salles mudou para o número 730, onde funciona até hoje.

2009

2009 – Reforma da Óptica Futura da Rua Virgílio de Rezende nº 441 que passou a ser denominada Óptica Laércio.

2016

Aos 83 anos, o Sr. Laércio faleceu em 15 de agosto de 2016 em decorrência de um ataque cardíaco. Se sua presença física já não está mais entre a família, colaboradores e clientes, não se pode negar que seus ideais ainda vivem naqueles que hoje fazem parte da Óptica Laércio. Atualmente as ópticas são administradas pela filha Adriana e seu marido Luca.

COMO NASCEU A FRASE ''SERVIR COM AMOR''

Por Luca, genro de Sr. Laércio

Numa noite de verão em 2003, Adriana, minha esposa e filha do Sr. Laércio, estava internada em um hospital em Sorocaba devido a uma cirurgia. No pátio desse hospital eu e o Sr. Laércio caminhávamos e conversávamos. Nesse local, o Sr. Laércio leu em algum lugar a frase “Servir com Amor” e, talvez influenciado pela situação delicada da filha, ficou muito comovido. Após ler, me disse:

“Luca, eu quero que embaixo do logo da óptica seja escrito ‘servir com amor’, como se fosse um segundo nome, uma explicação do que tem que ser a Óptica Laércio. Não devemos ser somente vendedores de óculos. Se servirmos com amor todos aqueles que entram em nossas ópticas poderemos fazer uma pequena diferença na vida das pessoas.”

De início achei a ideia um pouco estranha, pensava não haver muita relação com os nossos serviços. Hoje, passados muitos anos, devo admitir que Sr. Laércio tinha razão. O “servir com amor” direciona todas as decisões que tomamos no dia a dia da óptica e faz parte da cultura da empresa, do modo de pensar e agir de todos os colaboradores.